O casal Jorge e Sonia Gomes estava insatisfeito com o rendimento de sua caderneta de poupança, de 4,34% em 2019. Decidiram procurar um investimento mais rentável e, em dezembro, sacaram o dinheiro e compraram por R$ 600 mil um imóvel de três pavimentos em Santo André, no ABC paulista. Vão alugar o salão do andar térreo, as três salas do segundo pavimento e montar um estúdio de música para o filho no último andar, que também pretendem locar a terceiros.
— Estava incomodado com o rendimento da poupança e como procurava um lugar para montar o estúdio de meu filho, decidi sacar da poupança e investir num imóvel. Paguei um valor abaixo do de mercado e espero ganhar com a valorização do imóvel nos próximos cinco anos, além dos aluguéis, que certamente vão me render mais — disse Jorge Gomes.
O mercado imobiliário está voltando a ser uma alternativa de investimento, segundo os especialistas. Eles avaliam que, com juro baixo, os brasileiros estão procurando opções de retorno mais generoso. Estima-se para 2020 potencial de aumento entre 10% e 15% no valor do metro quadrado para venda e para locação em São Paulo, maior mercado do país. A cidade puxa a fila e as demais capitais tendem a replicar este movimento adiante.
— O preço do metro quadrado ficou estável por mais de seis anos, perdendo até para a inflação. Agora começa a reagir. E também começa uma retomada no preço de locação — diz o diretor da Ourinvest Real State e professor do Insper, Rossano Nonino.
Na Lello Imóveis, uma das maiores imobiliárias de São Paulo, atualmente de cada dez pessoas que procuram imóvel para comprar, três têm como objetivo investimento e não moradia própria.
— Quando a Selic estava em 14,5% ao ano, em 2015 e 2016, quem procurava imóvel queria realizar o sonho da casa própria — conta Igor Freire, diretor de vendas da Lello.
Hora da casa própria
O tempo do investimento varia de 18 a 36 meses, dependendo do prazo de entrega da obra. O retorno tem sido entre 9% e 18% do investimento inicial. O risco para o investidor existe quando a obra atrasa ou, em caso extremo, a construtora quebra. No caso da Urbe Me, dos 30 empreendimentos investidos apenas dois atrasaram, mas nunca uma incorporadora quebrou.
— O momento é o melhor em décadas para quem quer comprar imóvel para morar. Mas para investir, só mesmo quem é do ramo. Já nos fundos imobiliários com ativos diversificados, o risco é mais diluído — diz o consultor de investimentos Paulo Bittencourt, que recomenda ainda que o fundo escolhido tenha mais de dez anos de existência.
Fonte: O Globo
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