Na grande maioria das vezes, para ser um bom inventor não é preciso partir para os milaborantes projetos do Professor Pardal. Muitas vezes é preciso somente um pouco de atenção, estudo e observação para se encontrar as soluções criativas para necessidades cotidianas. Essa, inclusive, foi a fórmula para o surgimento de grandes invenções como o computador, criado pelo alemão Konrad Zuse, em 1936, ou ainda a internet, idealizada pelo - também alemão – Gerhard Muthenthaler, em 1990.
No dia 4 de novembro, Dia do Inventor, vale lembrar que o ambiente de trabalho sempre foi um grande laboratório de ideias e de invenções, que surgem da criatividade dos colaboradores e são capazes de mudar a rotina da organização. Há empresas, inclusive, que estimulam essa inventividade e participação das pessoas na busca de soluções criativas. É o caso, por exemplo, da Dinâmica Engenharia.
A construtora em Goiânia realizou no ano passado um concurso interno para estimular novas ideias, o chamado “Desafio Construção Sustentável”. A iniciativa premiou novas soluções na categoria produção, engenharia e administrativo. Entre as ideias vencedoras, algumas estão sendo implantadas. “Com as ideias implementadas podemos inovar, motivar e tornar o dia a dia dos colabores menos monótono, pois farão de forma mais ativa parte dos processos”, explica o diretor técnico da Dinâmica Engenharia, Eugênio Carvalho.
Uma das ideias premiadas pelo concurso e que será implementada na obra do Residencial Celebrate Vaca Brava no começo do ano que vem é a do engenheiro Marco Antônio de Carvalho. Ele desenvolveu uma nova forma para construção do fosso de elevadores, sem desnível da parede que atrapalha a montagem do equipamento. “Esse novo método vai diminuir as chances de erro na hora da instalação do elevador. Me senti valorizado, ao desenvolver uma ideia que vai ficar na empresa e ser utilizada e que pode contribuir, ao longo do tempo, com trabalho de outros profissionais”, diz.
Já na categoria produção, o destaque foi o projeto do eletricista Evandro Nunes de Souza, que teve a ideia de adotar nos serviços de eletricistas um tipo de perna mecânica, uma criação que já é utilizada nas obras por gesseiros e pintores, a fim de dar altura e substituir a escada convencional. A invenção é composta por alumínio, fica presa nas coxas e no pé do colaborador é articulada com uma regulagem que pode subir.
“Dessa forma vamos agilizar mais o trabalho e nos cansar menos com aquele põe escada, tira escada. A perna mecânica pode ser usada na colocação de iluminação, para fazer as eletrocalhas e na pintura”, detalha o colaborador, que teve a sua invenção usada em outro empreendimento da incorporadora, já entregue, o Residencial Detail Vaca Brava e será utilizada no Celebrate.
Empolgado por ter colaborado com a agilidade das obras em que trabalha, Evandro conta que já tem uma nova sugestão, para melhorar o trabalho na obra e ainda ajudar o meio ambiente. “Já estou estudando uma forma de fazermos o reuso da água das chuvas, que fica presa nos elevadores na construção. Atualmente a água é bombeada do local é usada apenas na jardinagem. Mas acredito que podemos bombear para a caixa d’água e utilizá-la para aguar lajes”, explica Evandro que contabiliza que a economia em água pode chegar a 20% com essa medida.
Ainda no concurso de ideias promovido pela Dinâmica, a técnica de segurança do trabalho Cintia Dorneles de Souza deu a ideia de colocar na entrada das obras uma catraca eletrônica que apontasse possíveis pendências burocráticas de colaboradores ou terceirizados, como por exemplo, a entrega de documentação para o RH ou para a Segurança do Trabalho.
“Dessa forma conseguimos mais agilidade e não perdemos tempo averiguando caso a caso toda vez que alguém for alertado na entrada, ele já saberá pelo sistema qual é a pendência”, explica Cintia.
Segurança
O supervisor de segurança do trabalho da Queiroz Silveira Construtora e Incorporadora, Daniel de Souza por sua vez, também pensou em uma maneira de tornar os canteiros de obra mais seguros com a idealização do Sistema Rígido de Proteção QS, um equipamento que tem a função de guarda-corpo coletivo. Composto por suporte ou hastes metálicas de três metros de altura e telas metálicas de 1,20 metros de altura por dois de largura. A invenção elimina o risco de alguém ou algum material cair.
“Por meio das experiências e práticas vividas nos canteiros de obra ao longo dos anos, percebemos que as proteções de madeira, que são as mais usadas atualmente, têm boa resistência e segurança, mas com a chuva e os efeitos do sol logo se perdia a garantia dessa firmeza”, explica Daniel de Souza.
O equipamento forma uma armação rente às áreas periféricas da obra (entorno da fachada) ainda sem alvenaria, junto a lajes técnicas e aos poços de elevadores, protegendo todos os lados e locais em que há risco de queda. “É um sistema que além de seguro também é prático, pois sua estrutura é de fácil e aplicação, dispensando mão de obra especializada na montagem e manutenção”, Daniel Augusto de Souza.
“Um dia me propus a trabalhar na construção civil pela sua carência e necessidade de boas práticas e soluções de segurança e hoje vejo nesse projeto essa semente crescendo. Fico muito feliz e orgulhoso todas as vezes que passo na frente da obra e vejo nosso projeto instalado. Tenho a sensação de contribuir, ainda que de uma forma simples, no combate ao risco de queda de pessoas e materiais”, revela.
Premiado
Com o objetivo de desenvolver procedimentos menos impactantes ao meio ambiente, a equipe de gestão ambiental da Toctao Engenharia criou desenvolveu uma medida de tratamento adequada para os resíduos líquidos da água residual gerada pelas obras. Trata-se da MiniEstação de Tratamento de Efluentes portátil, chamada MiniETE.
O equipamento portátil, que foi criado pela empresa com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria (Senai), trata a água usada dentro da obra, inclusive a dos chuveiros. Após o tratamento, a água pode ser reutilizada para várias atividades dentro do canteiro. “Essa é uma medida que, além de deixar as obras mais limpas, impacta positivamente na cidade, já que ajuda a diminuir o volume desses materiais nos aterros sanitários”, frisou a tecnóloga em saneamento ambiental e gestora ambiental da Toctao Engenharia, Cinthia Martins, que integrou a equipe que desenvolveu a ideia.
E pelo projeto da MiniETE, a Toctao Engenharia foi reconhecida em diversas instituições ligadas à construção civil: recebeu o prêmio CREA-GO de Meio Ambiente, o prêmio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) de Inovação e Sustentabilidade e o Prêmio Nacional de Inovação, oferecido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Fonte: Assessoria
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