BAIXAS TAXAS DE JUROS: O INVESTIMENTO EM IMÓVEIS É MAIS ATRATIVO DO QUE NUNCA

Não só devido às consequências da pandemia, como também à atual política econômica do governo federal, a taxa Selic – que é a taxa de juros oficial da economia brasileira – baixou a níveis históricos. Atualmente está em 2% ao ano. Este é o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. Para se ter uma ideia de como este número está baixo, em 2015 a taxa Selic alcançou o patamar de 14,25% ao ano.

O que isso significa? A taxa Selic baixa gera duas principais vantagens para o investimento no mercado imobiliário. Primeiro que, como ela influencia diretamente na taxa de juros, é o momento ideal para fazer financiamentos – alguns bancos já oferecem financiamentos imobiliários com taxa de juros anual por volta de 6%.

Em contrapartida, a remuneração das aplicações financeiras cai bruscamente, pois estas são rentáveis quando a inflação está alta. Quanto mais os juros caem, menos faz sentido optar pela renda fixa. Trocando em miúdos, o dinheiro que você guarda no Banco simplesmente…não rende mais como antes. É aquele momento em que, sem o dinheiro render no banco, você pode pensar em realizar um sonho, investir mais no seu negócio, ou comprar um imóvel para investimento ou para uso.

Assim, o momento atual é, indiscutivelmente, o mais propício para se comprar um imóvel, segundo especialistas. Antes da chegada da pandemia do novo coronavírus, 55% dos entrevistados tinham intenção de comprar um imóvel nos próximos três a seis meses e, após o isolamento social, esse patamar subiu ligeiramente para 56%, segundo levantamento da Xaza, plataforma de intermediação de processos de compra e venda de imóveis, em parceria com a empresa de pesquisas Toluna.

Ademais, imóveis desde sempre são considerados por muitos o investimento mais seguro. “Muitas pessoas que investiram seus recursos em fundos e ações perderam dinheiro nesta pandemia e alguns estão tendo prejuízos bastante consideráveis pois somente em março de 2020 a bolsa variou 35% para baixo. Os números melhoraram em alguns períodos, mas há muitas oscilações e o cenário ainda é bastante incerto. Além de não sofrer diretamente com as variações da bolsa, investimentos em imóveis não têm relação direta com a quebra dos bancos e não podem ser congelados pelo governo como a poupança”, afirma o Gestor de Imóveis Eduardo Luíz, CEO da EPAR Business Experts e sócio da empresa de imóveis online Alug+  .

É bem verdade que uma cidade como o Rio de Janeiro, que tem o mercado imobiliário mais valorizado de todo o país, em que pese os problemas pelos quais passa nos últimos anos, nem sempre oferece oportunidades de imóveis que estejam ao alcance de todos, principalmente nas áreas mais nobres da Zona Norte, e na Zona Sul. Mas a pandemia trouxe uma baixa momentânea de preços que deu um impulso ao mercado imobiliário.

“Nos meses de Julho, Agosto e Setembro, tivemos bons resultados no nosso departamento de Vendas“, afirmou ao DIÁRIO Lucy Dobbin, Superintendente da tradicional imobiliária Sergio Castro, com 6 filiais na cidade. Para Dobbin, “a classe AA está consumindo como nunca, estão comprando aquela obra de arte que sempre quiseram, aquele carro de luxo que sempre sonharam, e, é claro, aquele imóvel espaçoso ou com a localização que é objeto de desejo“.

Parece que os muito ricos não têm mesmo onde colocar o dinheiro, ou, no mínimo, não têm mais o prazer de ver o dinheiro se multiplicar numa conta bancária: “temos uma gama de clientes que têm recursos financeiros mais que suficientes pra a vida usual, e que guardava dinheiro no banco com a finalidade de viver de renda, e agora que a renda fixa caiu a níveis abaixo da crítica, preferem usufruir do recurso ou mesmo comprar um imóvel pra renda, pois a renda dos alugueis, até mesmo residenciais, paga muito mais que os Bancos“, finaliza a executiva da Sergio Castro.

Mas e as pessoas “gente como a gente”? André Toledo, da Block Imóveis, sentencia: “A volta da facilidade de se obter financiamento, e desta vez a taxas de juros altamente palatáveis, como 6,5% ao ano, gerou enorme demanda na venda de imóveis aqui no Recreio, onde atuamos.” Realmente, especialistas garantem que o valor da prestação de um financiamento por 20 ou 30 anos caiu de forma notável. Toledo complementa puxando sardinha para seu bairro de atuação: “além disso, você prefere morar no Cachambi ou aqui no Recreio, juntinho da praia, por praticamente o mesmo preço, e com financiamentos super baratos?“. É…. o Rio tem o efeito praia, além das regras usuais da economia que se aplicam aos outros lugares do mundo.

Fonte: Diário do Rio

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