BAIXA ATIVIDADE CONSTRUTIVA NO MERCADO IMOBILIÁRIO CORPORATIVO DEVE AUMENTAR PREÇO, PEDIDO E DEMANDA

De acordo com o monitoramento da empresa de pesquisa imobiliária Buildings, deverão ser entregues, em 2019, somente 100 mil m² de espaço para locação no mercado imobiliário corporativo na cidade de São Paulo; e para 2020 a previsão de entrega é de 229 mil m². Com aproximadamente 10,9 milhões de metros quadrados de estoque total no mercado imobiliário corporativo, atualmente, a capital paulista possui aproximadamente apenas 539 mil m² em construção, o que representa apenas 4,9% do mercado existente.   Com muito espaço vago na cidade e pouca previsão de ocupação por conta dos últimos anos de crise econômica, não fazia sentido construir prédios novos. Até 2018, o excesso de espaços vagos fez com que o mercado se adaptasse a favor do inquilino, com maiores ofertas e negociações favoráveis para preço de locação para os ocupantes.   Porém, a Buildings Pesquisa Imobiliária acredita que esse cenário deve mudar nos próximos dois anos. A empresa de pesquisa imobiliária já identifica um movimento de aumento de preço pedido e pouca oferta em regiões primárias do mercado imobiliário – bairros onde as empresas preferem estar. A região da Vila Olímpia, por exemplo, em 2017 apresentava 15% de vacância e o preço pedido chegou a R$ 91 o m²; já em 2018, com a vacância em 4,9%, o preço pedido está em R$ 106 por m². O mesmo acontece na região da Faria Lima e Itaim, que em 2017 registrou 22% de vacância e preço pedido R$ 123 m², mas que em 2018 apresenta 9,98% de vacância e média de preço pedido a R$ 133 o m².   Para 2019, a previsão é de que sejam entregues 24 mil m² na região primária da capital, e em 2020 há a previsão de entrega do edifício Birmann 32, com 52 mil m². A partir de então, a atividade construtiva nas regiões primárias deve ser menor do que em bairros que possuem mais espaço para crescer e que são, consequentemente, mais baratos para locação.   A baixa oferta de espaços vagos nas regiões primárias, especialmente para empresas que precisam de grandes metragens para se instalarem, deverá impactar diretamente nos dados atuais: a tendência é que, com a diminuição de oferta pela falta de espaço, os preços aumentem tanto para as novas locações quanto nas renovações. “Atualmente, regiões como Faria Lima, Paulista e Vila Olímpia já estão em uma fase de equilíbrio, sendo que nos próximos trimestres, com a contínua redução de vacância, devemos ter até o final de 2019 e começo de 2020 um mercado pró-proprietário nessas localidades”, explica Fernando Didziakas, sócio da Buildings.   Fonte: SEGS

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