A preocupação sustentável se tornou um foco emergencial globalmente. E, o mercado imobiliário tem se dedicado ao longo dos últimos anos a investir e aperfeiçoar as suas práticas sustentáveis aplicadas à realidade econômica, para garantir um consumo mais equilibrado e consciente dos recursos naturais, assim como estabelecer noções de preservação e gestão. Pensando nisso, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), desenvolveu um guia de boas práticas ESG, sigla em inglês que significa Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), que visa servir de fonte segura para o esclarecimento e estímulo de ações para empresas do mercado goiano, assim como conscientização do público em geral.
“Temos orgulho de dizer que se trata da primeira cartilha ESG lançada por uma Ademi no país, e é, ainda, um conteúdo genuinamente goiano, com exemplos levantados a partir de uma ampla pesquisa da realidade das nossas incorporadoras associadas”, diz a diretora de Gestão e Sustentabilidade da Ademi-GO, Patrícia Garrote. A executiva explica que a entidade, junto às suas associadas, tem o propósito de promover o crescimento sustentável de Goiânia e trazer empreendimentos que proporcionem perenidade, sustentabilidade e bons processos ESG. “Desse modo, a cartilha serve de instrumento de conscientização sobre a sua necessidade e importância, e esclarece os benefícios dessas ações”, complementa.
Além de definições de políticas de boas práticas e certificações sobre o tema, a cartilha traz, de modo ilustrativo e objetivo, demonstrativos reais executados pelas associadas à Ademi-GO nos pilares social, de governança e de sustentabilidade. “No primeiro, temos investimentos nas relações de trabalho para fomentar qualidade de vida e ambientes cada vez mais seguros. No quesito governança, são processos estratégicos, táticos e operacionais das empresas, também no que diz respeito ao tratamento de informações e dados que envolvem clientes, fornecedores e o público com quem as incorporadoras se relacionam”, exemplifica a executiva. Sobre o pilar de sustentabilidade, Garrote explica que a cartilha enumera casos, como o monitoramento e gestão de resíduos e o controle da poluição nos canteiros de obras. “São exemplos da busca constante de boas práticas não só relacionadas às obras, mas também aos empreendimentos que serão entregues. A consequência é uma cidade com maior qualidade de vida e bem-estar social para os seus habitantes”, afirma.
Movimento global
O termo ESG surgiu em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. É fruto de uma provocação da ONU sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança ao mercado de capitais. O movimento ganhou ainda mais força em 2006, quando a ONU, juntamente com grandes investidores institucionais, lançou os Princípios para o Investimento Responsável (PRI). Os princípios são voluntários, complementam o Pacto Global e servem como objetivos a serem alcançados. A incorporação de práticas ESG aponta para um novo modelo de desenvolvimento econômico. Isso porque, adotar tais critérios torna a organização mais sólida e resiliente, o que faz com que a empresa seja melhor vista pela sociedade e investidores.
Segundo levantamento ESG Radar 2023, conduzido pela Infosys, para 90% dos executivos entrevistados, adotar práticas sociais, ambientais e de governança dentro das organizações traz retorno financeiro positivo e 41% dos entrevistados relataram esse resultado em dois e três anos. Investimentos sustentáveis são uma tendência e uma maneira de direcionar recursos financeiros para o enfrentamento dos desafios globais. No Brasil, os fundos de investimentos sustentáveis começaram a se desenvolver mais tarde em relação à Europa e aos Estados Unidos. Em 2024, houve um crescimento desses fundos. Em abril, o mercado brasileiro alcançou 120 fundos ESG. É um crescimento de 36% em relação aos 88 fundos que existiam ao fim de 2022. Segundo pesquisa do Itaú BB, o volume de dinheiro nesses fundos totalizou R$ 12,8 bilhões.
Para o presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, o guia representa um passo importante para o mercado. “É uma iniciativa pioneira, que reflete a realidade do segmento e apresenta o grande potencial de protagonismo que temos para ampliar as transformações sustentáveis, sociais e de governança em Goiás”, diz. A cartilha ESG da Ademi-GO pode ser adquirida na sede da entidade, no Setor Marista, assim como em suas incorporadoras associadas, ou ainda, pode ser acessada pelo link: https://ademigo.com.br/downloads.
Sobre a Ademi-GO:
A Ademi-GO (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás) é uma sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos, fundada em 28 de maio de 1986, quando aconteceu a publicação e registro do seu estatuto. A entidade congrega empresas do ramo de incorporação imobiliária e atua para garantir a sustentabilidade do mercado imobiliário no Estado de Goiás.
Fonte: Assessoria