Ciclos de alta dos juros e de recessão econômica historicamente afetam as cadernetas. A diferença é que o ciclo atual de aperto monetário ocorre depois do período de maior expansão do crédito habitacional já vivido pelo País. E, em meio à flexibilização nas regras do SFH, a poupança ainda é o principal instrumento de financiamento habitacional do mercado. As captações líquidas (depósitos menos saques) da caderneta de poupança em 2014 foram 56,1% menores que em 2013, mas ainda positivas em R$ 23,8 bilhões. Com a aceleração da alta da taxa básica de juros (Selic, hoje a 13,25%), porém, os saques passaram a superar os depósitos. Neste ano, sem contar a poupança rural, os saques atingem R$ 23,7 bilhões. Isso comprometeu diretamente a capacidade das instituições financeiras de continuarem financiando a compra de imóveis pelo SFH. Na Caixa, que responde por 70% desses financiamentos, em algumas agências não havia recursos para a contratação de novos empréstimos pelo SFH nas últimas semanas. “A grande questão é que, com a Selic subindo, a poupança perde atratividade em relação a outras aplicações de renda fixa, e os saques aumentam também porque as famílias estão mais endividadas e usam os recursos da caderneta para quitar dívidas”, diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV. Para Rafael Cagnin, economista da Fundação de Desenvolvimento Administrativo (Fundap), além da busca de rentabilidade maior, boa parcela dos poupadores, da população de renda mais baixa, usa a caderneta como substituto de conta corrente, devido a sua liquidez diária, para fugir de taxas bancárias elevadas.(Fonte: O Globo)
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