A indústria brasileira registrou este ano o menor percentual de frustração de investimentos desde 2011: 64% das grandes empresas afirmaram que conseguiram realizar os planos de investimento exatamente conforme o planejado. Oito em cada 10 indústrias pretendem fazer novos investimentos no ano que vem. O principal objetivo do setor para 2020 é comprar maquinário.
Essas informações fazem parte da pesquisa “Investimentos na Indústria 2019-2020”, divulgada pela CNI, Confederação Nacional da Indústria. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou quais fatores influenciaram no otimismo dos empresários.
“Melhoria da gestão do governo, a reforma da Previdência, mudança de legislações importantes, a discussão do marco regulatório do saneamento, a redução dos juros, a inflação num patamar bastante baixo. Isso vai fazendo com que o empresário acredite mais, e a partir dessa crença, comece a investir, a produzir mais”.
Dos 16% das empresas que não devem investir em 2020, 36% dizem não ter recursos para isso. Um terço informou que não será necessário investir e os demais 31% reconheceram que ainda precisam de investimentos, mas preferiram não usar recursos para isso no ano que vem.
A pesquisa aponta que as indústrias que não investiram ao longo deste ano alegaram, principalmente, três motivos: a desaceleração do mercado consumidor, o aumento inesperado no custo do investimento e as dificuldades de acesso ao crédito.
O levantamento indica que, nos próximos 12 meses, parte desses problemas pode ser resolvido. A projeção é de aumento do consumo, como consequência da queda da taxa de juros, e da recuperação do mercado de trabalho, com previsão de diminuição do desemprego em 0,6 ponto percentual, de 11,9% para 11,3%.
Mesmo assim, Robson Braga de Andrade avaliou que a geração de empregos ainda é um desafio para o setor.
“Não é fácil gerar emprego numa economia que a cada ano procura ser mais competitiva, mais inovadora, mais automatizada. Não só na indústria, mas a agricultura procura fazer da mesma forma. Temos que, a cada dia, procurar novas ideias para gerar novos empregos, novas formas de trabalhar”.
Outra questão que preocupa a CNI é o acesso ao crédito. A pesquisa mostra que mais de 70% dos recursos usados no investimento vieram de capital próprio do setor. A entidade considera que o momento é favorável para a oferta de linhas de financiamento mais baratas, devido às reformas já feitas ou anunciadas pelo governo federal, a queda da inflação e dos juros, e ao câmbio favorável às exportações.
Quanto à expectativa sobre os indicadores econômicos, a indústria está mais otimista que o governo, prevendo crescimento do PIB, Produto Interno Bruto, em 2,5%, enquanto na proposta de lei do Orçamento o governo projeta crescimento de 2,32%. Já a inflação medida pelo IPCA está estimada pelo governo em 3,53% ao ano e em 3,7% pela indústria.
Fonte: Radioagência Nacional
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