Embora economistas apostem, predominantemente, na manutenção da Selic em 14,25% ao ano hoje (21) à noite, quando terminará a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, essa estabilidade não vai livrar o Brasil de um gasto recorde: as despesas com juros atingiram R$ 484 bilhões em 12 meses em agosto, o equivalente a 8,45% do Produto Interno Bruto. É um recorde mundial. Nem a Grécia, com uma megadívida, e, ainda por cima, insolvente, gasta tanto em proporção à sua economia. E há vários outros exemplos. Países europeus e o Japão, com débitos muito elevados, não enfrentam nem de longe o mesmo problema que o Brasil. “Esse gasto é escandaloso. É o dobro do que o governo dispendia há um ano”, alertou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. “Não deveria ser assim”, criticou o economista-chefe do Banco ABC, Luiz Otávio de Souza Leal. Perfeito avaliou que, paradoxalmente, a despesa poderia ser menor caso o Copom tivesse elevado a Selic na reunião passada para 14,5% ao ano. “A longo prazo, a expectativa para os juros baixaria, porque essa elevação aumentaria a confiança de queda da inflação no próximo ano”, explica. A Selic a 14,25% terá de ser mantida por um período mais longo, na avaliação de André Perfeito, do que seria necessário caso tivesse sido levada há alguns meses a um patamar mais alto. Vários economistas apontam, porém, para o tamanho do gasto do governo com juros como um grande obstáculo para o BC subir a Selic, ainda que julgue necessário. O problema é que isso aumentaria ainda mais o rombo fiscal, com o risco de deteriorar ainda mais as expectativas para a situação do País no próximo ano, em vez de melhorá-las. (Fonte: Correio Braziliense)
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