Para Osmar Martinez, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco, não há problema de funding para financiamentos imobiliários no Brasil. Temos cerca de R$ 470 bilhões na poupança, R$ 100 bilhões em LCI, R$ 50 bilhões em CRI e R$ 50 bilhões em CCI, ou seja, R$ 670 bilhões para financiar esses créditos, diz. O ano passado terminou com estoque de R$ 395 bilhões em financiamentos imobiliários. Em pouco mais de cinco anos, já estamos fazendo volume de contratações mensais equivalente ao dos bancos privados. A carteira é ainda bem menor, principalmente em relação a da Caixa, informa de sua parte José Henrique da Silva, gerente de Empréstimos e Financiamentos do Banco do Brasil. O executivo diz que não entrou no crédito imobiliário para competir com a Caixa, mas para ter oferta completa de produtos e serviços para os seus clientes. E reconhece o poder da fidelização dessa modalidade de crédito. Ele acredita que o aumento da competição impede a alta dos juros. O mercado todo quer fazer. Isso evita a puxada das taxas de juros, diz. Hoje, na Carteira Hipotecária Habitacional (CHH), para financiamentos acima de R$ 700 mil, os juros estão praticamente iguais aos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que tem taxas tabeladas, complementa. A concorrência também pode ser facilitada pelas novas regras para portabilidade do crédito – definidas pelo Conselho Monetário Nacional em dezembro, começam a valer agora em maio. E podem pressionar ainda mais as taxas. Osmar Martinez não está preocupado: Temos de 50 a 60 pedidos de portabilidade de crédito imobiliário por mês. A nova lei não veio para facilitar a pescagem de carteiras dos outros, diz. (Fonte: Brasil Econômico)
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